sábado, 27 de agosto de 2011

Uma constatação

Era uma vez uma menina sonhadora, carinhosa, feliz! 

Essa menina sonhava com um grande amor onde pudesse jogar toda sua intensidade e confiança mesmo que todos os eventos e pessoas à sua volta dissessem o contrário.

Um belo dia, esse amor aconteceu! O príncipe encantado nem chegou no cavalo branco. Ele chegou andando com seus olhos escuros cativantes e aquele sorriso que quase fazia o coração da menina saltar da boca pra fora, o sorriso que fazia ela não enxergar mais qualquer coisa ao seu redor e esquecer da obviedade do fracasso daquela relação.

O menino abria mão de tudo para estar ao lado dela. Os telefonemas só pra compartilharem como estava sendo o dia eram constantes, as declarações de carinho - mais tarde, de amor! - , os momentos divididos... As flores e chocolates no aniversário. As cartas, os bilhetes. As promessas. A menina vivia, então, a intensidade que tanto queria. O amor era imensurável, incontrolávels, fazia faltar o ar (e faltou mesmo, meses depois quando aquilo tudo ruiu a ponto de as consequências a levarem a uma UTI!)!

Um belo dia, no ápice dessa história de amor, a menina andava em lugares muito altos, viajando, flutuando, feliz... No entanto, nesse belo (ou não!) dia, ela sentiu que havia algo errado. Como em tudo naqueles últimos 10 meses, ela preferiu ignorar os avisos, os sinais e seguiu em frente. Mais uma vez, se jogou! Só que naquele dia, o menino não segurou. Na verdade, ele tinha suas costas viradas pra menina e, sem ter onde se apoiar (as pessoas que durante meses deram os avisos, ao se cansarem de dá-los, também se viraram contra ela!), onde se amortecer, ela caiu. E a queda foi muito dura! Tão dura que ainda dói 6 anos depois.

Aquele mesmo menino pediu desculpas por não ter segurado a queda. Mas a menina queria mais! Ela queria explicações, queria entender, queria saber onde aquilo tudo iria agora. O menino prometeu conversar. Por várias vezes, ele prometeu que conversariam e acertariam tudo. A menina, mesmo muito machucada, permaneceu lá, acreditando, esperando... Esperando a conversa que nunca aconteceu!

O menino perfeito, carinhoso, preocupado, presente, bom, bom caráter, decente... O menino apaixonado, que com ela queria um futuro, do sorriso perfeitos e beijos apaixonantes... Esse menino se transformou em alguém que ela desconhecia, dissimulado, desrespeitoso. Do tipo que fingia que nada de ruim tinha feito a ela. Do tipo que passou a desrespeitar os sentimentos da menina. Do tipo que quebrava as promessas. Do tipo que não querendo sarar a dor, pisou mais em cima da ferida para que essa doesse mais.

6 anos depois, muitas coisas aconteceram. O menino e a menina perderam o contato (ok, houve um contato ali no meio que à menina trouxe muitas respostas e que ela contará no segundo capítulo desse livro!), ela começou a fazer coisas de mulherzinha, começou a viajar, voltou para a faculdade, fez novos amigos, viveu novos romances (ou algo parecido com romance, não sei!), conquistou coisas que há tempos queria... Falar que ela foi totalmente infeliz durante esses seis anos é mentira. Mas não é mentira dizer que o acontecimento de anos atrás ainda é refletido nela e no que ela se tornou.

A menina sonhadora, carinhosa e feliz foi afetada pelo menino que não era legal e perfeito e, sim, dissimulado, ruim... Ele, de certa forma, acabou com aqueles sonhos, com algumas crenças.

E então...

Bom, então, é que agora é a parte onde eu gostaria de inserir que um novo cara chegou - e que fosse numa bicicleta, num carro ou num cavalo! - e reacendeu a chama no coração da menina. E que esse novo cara tinha dado a ela novamente o sentimento de que é possível viver, sim, um amor de verdade e que caras legais existem. E que, juntos, eles faziam planos e a gente encerraria essa história com o "e eles viveram felizes para sempre"

Mas acontece que da última vez que chequei, essa menina ainda tem encontros com os fantasmas de 6 anos atrás e, por isso, cada vez que algum cara legal se aproxima dela, ela se recusa a acreditar que pode, mais uma vez ser amada e, antes que eles a machuquem, ela os afasta.

E agora eu poderia dizer que assim termina a nossa história. Mas em nome das pessoas que acreditam em mim, que acreditam nos meus sentimentos como algo real e não como dramas e que acreditam no meu bom coração, eu vou dizer - e tentar acreditar! - que essa é uma história dividida em duas partes e o segundo capítulo desse livro ainda está por vir!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Post em forma de tuíte

A raiva que estou de mim desde ontem está me corroendo. Por que eu sempre escolho as piores opções?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

19 de Junho novamente


Por mais que eu tente, é impossível não voltar ao post do dia 19 de Junho.
E por mais que eu faça força, é impossível não acreditar que não estou sendo castigada.
Por mais que eu queira, eu não tenho. Por mais que eu busque, eu não alcanço. Por mais que eu acho que mereço, eu não ganho.
Eu não sou tão boa e tão merecedora de coisas boas assim, eu sei.
Mas eu sou altamente merecedora do simples que anseio e aí, me perco no tanto de questões não respondidas que rondam minha cabeça.
Geralmente, eu tendo dar um fim aos meus posts. Hoje, não. Porque, ao que parece, esse 19 de Junho está longe de ter um fim.