quinta-feira, 26 de junho de 2014

Convento. Com vento. Com paz.

E, de repente, mudou o trajeto, subiu a ponte, janela aberta, olhar defronte
Aumentou volume que nem aumentou o olhar pro alto
Alô, mainha, tô chegando pra lhe ver, pra lhe pedir um afago
Bença, mãe! Acolhe a dor de sua filha
Saiu de casa, solitária, inquieta, aflita
Chorando, sorrindo, gritando em silêncio
Na esperança de que alguém a ouvisse na ilha
Na ilha, se apaixonou de novo pelo que lhe dá paz
Aos pés de tua casa implorou pela paz que não sente mais
Respirar o ar de tua casa, meu encanto
Contemplar seu quintal sempre tão exuberante
Suspirar na fé do seu amor e na proteção de seu manto
Como sempre, precisamos só de um instante.
Ajuda, mãe! Careço seguir confiante.


Não sou poeta. Nunca fui. Nem sei como saíram as rimas acima. Nem foram propositais. Sério! A não ser no final, afinal, já que estava tudo indo em um ritmo, quis ser "simpática" e terminar nele.
Vai ver que é porque mãe precisa de poesia. E poesia simples assim, de mãe mesmo! Mãe da filha que acordou com aperto no peito e, no desespero, sem querer, colocou uma daquelas 50 promessas do início do ano em prática. Subir ao convento é exatamente isso. Para mim, um respirar profundo, uma prece, um momento com mãe, pedir benção, apreciar o meu lugar favorito no mundo, paz.

Desse jeito, nada paradoxal.