quinta-feira, 28 de agosto de 2014

(Quase) Mais do Mesmo

É o mesmo jeito de andar em passos lentos
É o mesmo jeito colocar uma mãe no bolso enquanto a outra segura firme o celular e o peito estufa
É o mesmo jeito de sorrir com jeito de criança
É o mesmo jeito de dançar com mãos fazendo coreografia própria
É o mesmo jeito doce de chamar meu nome
É o mesmo jeito de ficar andando sem direção e de cabeça baixa enquanto pensa nas coisas que te irritaram
É o mesmo jeito de fazer com que façam suas vontades usando aquela meninice marota
É o mesmo jeito de abraçar apertado
É o mesmo jeito de fazer o coração vacilar por um segundo




É o mesmo jeito de fingir que se importa
É o mesmo jeito de mentir com a face mais honesta
É o mesmo jeito de exalar hipocrisia
É o mesmo jeito de usar de um milhão de frases feitas e bonitas pra tentar iludir
É o mesmo jeito de se fazer de vítima
É o mesmo jeito de fazer com que o outro sinta culpa por não ter feito absolutamente nada de ruim
É o mesmo jeito ruim




É do mesmo jeito que sempre foi.




Mas eu já não sou do jeito que sempre fui.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Chega aqui, coração. Vamo conversar, fio!

"(...)
Mas já disse que não tem

E você ainda quer mais
Por que você não me deixa em paz?
(...)
É mesmo, como vou crescer se nada cresce por aqui?
Quem vai tomar conta dos doentes?
(...)
Como é que você se sente?
EM VEZ DE LUZ 
TEM TIROTEIO NO FIM DO TÚNEL
SEMPRE MAIS DO MESMO
Não era isso que você queria ouvir?
Bondade sua me explicar com tanta determinação
Exatamente o que eu sinto, como penso e como sou
Eu realmente não sabia que eu pensava assim
E agora você quer um retrato do país
Mas queimaram o filme
E enquanto isso na enfermaria
Todos os doentes estão cantando sucessos populares"

Certamente Renato Russo não escreveu essa para ser uma canção de amor. Mal sabia ele que anos mais tarde ela seria a transcrição da conversa que andei tendo com o tal do coração.
Estamos falando de amor.
Estamos falando de guerra.
Estamos falando da paz sonhada.
Estamos falando do barulho que impede a paz.




Eu, paradoxal e inquieta!



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mais uma do Tico!

E daí, que eu estava - mais uma vez! - cantando junto com o Tico:

"Eu não tenho com quem falar
Eu não tenho pra onde ir
Eu não sei o que vou fazer
Ninguém quer me ouvir
Preciso de alguma coisa além de mim que me suporte"


Procurando entender o sentido na "paradoxilidade" de cantar coisas desse tipo com um sorriso nos lábios.
Eu, forever alone (esse é só o nome da música!)


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Sobre a eterna "querência" nada paradoxal...

Quantas interrogações cabem em uma única mente?
E quantas respostas para cada uma delas essa mente é capaz de inventar?
E quais delas serão as respostas corretas?
E quanto tempo a resposta irá demorar para chegar?

A cabeça parece um projeto com perguntas e respostas considerando diferentes possibilidades. Pós e contras para tudo. Como sempre, todos os pós trazem um sorriso aos lábios. Como sempre todos os contras já são considerados "certos". Como sempre, a cabeça não para, o coração acelera, a cabeça pede pra sair, e o dia insiste em insistir, e as fantasias teimam em criar vida naquele livro que ela vai escrever qualquer dia, qualquer hora, qualquer nunca...

Quantas interrogações cabem em um só coração?
Quanto medo cabe em alguém?
Quanto esperar (algo) alguém suporta?
Quanta vontade você é capaz de gerenciar?
De quantas emoções a vida é feita?
De quantas coincidências é feita a vida?
E quantas dessas coincidências são, na verdade, destino?
Aliás, você acredita em destino?

Quanto de mim é você?
Quanto de você está em mim?

Quanto paradoxo há em todas as interrogações que gritam aqui dentro com o tanto de exclamação que eu tenho para (te) dar?